15 de março de 2008

Ainda que eu falasse


as linguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal de transportar os montes, e não não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuisse toda a minha fortuna para o sustento dos pobres e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se soberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga coma verdade; tudo sofre; tudo crer, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas, havendo profecias serão aniquiladas, havendo linguas cessarão; havendo ciência desaparecerá, porque, em parte, conhecemos e, em parte profetizamos. Mas, quando vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o Amor, estas três; mas a maior é o Amor.

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